Uma banda mexicana chamada Maná, há poucos anos, lançou uma música chamada “Donde jugaran los niños?”, em que o tema refere-se a inocência que não existe mais.
As crianças para construírem sua personalidade, se inspiram em exemplos próximos como a família, amigos da escola e figuras criadas, constantemente pela mídia, chamadas ‘heróis’.
Se essas criações realmente existem não se sabe, mas elas estão em todos os lugares, a qualquer momento. Ao lermos os quadrinhos do tempo de nossos pais, observamos que os heróis são aqueles os quais utilizam cuecas por cima das calças, aqueles com superpoderes e amor à humanidade.
Enquanto os pequeninos da década de 1970 preocupavam-se em brincar de voar, pulando das árvores no fundo do quintal de casa, os do século XXI continuam a voar, mas sem trabalhar a mente ou os músculos, assistindo fúteis heróis que se transformam em super máquinas ou jogando video games, trancados no 27º andar de um belo arranha céu espelhado no centro de uma metrópole.
O que essas criaturinhas, em desenvolvimento psicológico, ainda não sabem é que os verdadeiros heróis não são os que estão dentro de uma ‘caixa slim’ pendurada no meio da parede da sala, a inocência que não as permite acreditar em monstros de armário ou bicho-papão é a mesma que os faz acreditar em ‘cruéis’ planos de marketing.
Um dia, talvez, se lhes permitirem, irão perceber que não existem heróis e sim exemplos espetaculares, como figuras religiosas e espiritualizadas, mas no fundo todos somos iguais. E quando elas forem capazes de perceber isso, descobrirão que seus ‘heróis’ tem pés de barro.
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