“Someday I’ll fly. Someday I’ll soar.” Engraçado como as pessoas entram e saem de nossas vidas com um simples prefixo, um dia são amigos, no outro, inimigos. Quem de menos se espera te dá um ombro acolhedor, quem de mais se espera, oferece-lhe um punhal. Para que confiar nos seres humanos? Como a própria biologia diz, somos animais. Uma espécie em extinção, pelo menos os bons animais. Socialmente ser um bom indivíduo é cumprir com seus direitos e deveres seguidos de seus desejos. Mas é uma pena, ninguém faz isso. Às vezes penso se o Homo é realmente Sapien. Nós, humanos, somos considerados intelectualmente superiores por termos encontrado um método de comunicação. Então isso quer dizer que se não ‘falássemos’, seríamos como qualquer outro animal? Stupid mouth. O irritante é saber que tal descoberta é usada para insultar, maltratar e prejudicar seus companheiros de espécie. Em pleno século XXI o que acontece no mundo? Aonde quer que seja, a principal paisagem é de penúria. Desculpem-me mas, ainda, há quem se importe. Se você é do tipo que não dá a mínima para as pessoas, nem precisa, basta olhar para si, são raros aqueles que não sentem pena de si mesmos. E tudo isso porque não conseguem erguer a cabeça e tentar de novo. Tudo é motivo de lamentação, se tem ou não, seja lá o que for, se desesperam e entram em depressão, o que em vez de ajudar só traz mais problemas. O egoísmo e o egocêntrismo são tão fortes, atualmente, quanto qualquer outro sentimento narcisista, as pessoas que amamos estão ao nosso lado, normalmente queremos que elas vivam por nós e quando as perdemos queremos que elas vivam para nós. Mas para que uma pessoa se perca de nossas vidas não é necessária a morte, basta uma desilusão, uma mentira, a cada segundo acontece uma reviravolta, como diria o grande mestre Cartola, “o mundo é um moinho”, o mundo sopra as nossas vidas, basta sabermos a hora de dar linha, assim irei , “um dia voar, um dia me elevar”!
Uma banda mexicana chamada Maná, há poucos anos, lançou uma música chamada “Donde jugaran los niños?”, em que o tema refere-se a inocência que não existe mais. As crianças para construírem sua personalidade, se inspiram em exemplos próximos como a família, amigos da escola e figuras criadas, constantemente pela mídia, chamadas ‘heróis’. Se essas criações realmente existem não se sabe, mas elas estão em todos os lugares, a qualquer momento. Ao lermos os quadrinhos do tempo de nossos pais, observamos que os heróis são aqueles os quais utilizam cuecas por cima das calças, aqueles com superpoderes e amor à humanidade. Enquanto os pequeninos da década de 1970 preocupavam-se em brincar de voar, pulando das árvores no fundo do quintal de casa, os do século XXI continuam a voar, mas sem trabalhar a mente ou os músculos, assistindo fúteis heróis que se transformam em super máquinas ou jogando video games, trancados no 27º andar de um belo arranha céu espelhado no centro de uma metrópole.
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