Pular para o conteúdo principal

. Sentimento .

Não há mais porque pensar
Não vejo graça nas cores da cidade
Se tudo está cinza e sem graça
Para que enxergar o que não quero ver?
Tomei café quente
Queimei a língua
Tomei sorvete
Gelei o dente
Já era de se esperar
O que sentia acabou.
Para que sentir o que não posso ter?
Se está tudo em silêncio
Para que ouvir o que não quero escutar?
Tenho a sensação de estar flutuando
Em água pura
Purificar-me.
Só.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

. Vida Vidro .

A manhã não chega ao fim. Os segundos se arrastam. Vejo as nuvens mudarem de forma cada vez mais devagar, quase imperceptíveis.  Não há vento, não há sombra, apenas meia dúzia de árvores secas, com galhos tortuosos. Vejo um urubu ao longe, fazendo sua ronda matinal até pousar no telhado de uma casa abandonada a procura da próxima refeição.      Ao seguir seu olhar, percebo o que não deveria ver pessoas doentes apoiando-se umas nas outras, procurando um lugar para se protegerem do sol. Não há nenhum vestígio de que existira água ali, nem em qualquer outro lugar num raio de 1000 km.      Existe um hospital, única estrutura totalmente intocada, extremamente branca, de tal forma que chega a refletir a luz solar, quase cegando quem o olha diretamente. Porém, ninguém o vê.      O que posso fazer? Meus gritos de ajuda são tampados pelos gritos de dor, minha bandeira vermelha não tremula quase morta.    ...

08 / 07 / 2009 . 09:15 p.m.

Tudo o que preciso, seu amor. Vem cá, fica aqui. Me abraça forte, permaneça intacto. Esse amor, esse tal de amor, é especial. Me beija, traz sua alegria, seus sonhos e planos. Me mantenha informada. Sua vida me interessa. Sou feliz com você assim. Perto de mim. Quero amor sensível, como olhos ao sol, brilhos de estrela em noite de luar. Abraço apertado, afago e brincadeira. Sonho real, vida de mentira, ser criança, deitar em seus ombros e pedir abrigo. Ser sua, de mais ninguém. Fica comigo, assim, bem perto de mim.
Escolher o nome para um blog pessoal não é nada fácil, principalmente quando este trata-se de momentos tão meus, que serão divididos agora com meus leitores.Sattagydia era uma província pertencente ao Império Persa Aquemenida, foi conquistada no século VI antes de Cristo, por Ciro II, no período helenístico, hoje se localizaria no atual Afeganistão. E o que isso tem a ver comigo? Aparentemente nada. Após séculos de guerras e calmaria, um homem chamado Hanna Youssef Badaüí Bittar foge de sua terra natal para salvar sua família da Primeira Guerra Mundial. Passando pela França e Espanha, chega a Portugal onde se naturaliza lusitano e ‘traduz’ seu nome para João José da Silva, em tempos difíceis mais uma viagem faz, desta vez para o Brasil, onde fica até sua morte. Esse era o meu bisavô. Daí vem o meu vínculo com a tal Sattagydia. Esse não é apenas um nome qualquer, e sim a lembrança de dor e sofrimento, mas como nem tudo é tão triste, em decorrencia de tais acontecimentos me intere...